sexta-feira, 11 de junho de 2010

DIA TRISTE


Madrugada fria...telefone toca, e somos avisados do falecimento de Dona Lídia, pessoa muito querida, mãe de Edinei, marido de minha prima, e de Edimar, que encontrava-se hospitalizada com sério problema cardíaco. Ficamos muito tristes e na tentativa de sermos úteis em alguma coisa e prestar solidariedade, imediatamente fomos ao Hospital ao encontro de minha prima e dos dois filhos de Dona Lídia. Ao encontrá-los inconsoláveis, e abraçá-los no Necrotério do Hospital, um filme do dia mais triste da minha vida passou na minha cabeça, pois no mesmo Hospital, sala e lugar, há exatamente 41 dias, eu e meus irmãos nos encontrávamos na mesma situação com a minha mãe, e pude silenciosamente entender, tudo o que eles estavam sentindo...É uma situação muito difícil, aceitar a morte de quem se ama é difícil, uma parte de você morre junto. A gente sempre acha que a mãe de todo mundo pode morrer, a nossa nunca; e neste turbilhão de emoções, sem pensar, vem a revolta, e até mesmo tua fé é colocada em xeque. Sou um cara que nunca soube o que dizer numa situação dessas, mas depois que aconteceu conosco, percebi que o mais importante não são as palavras ditas, mas o calor da presença da familia e dos amigos num momento tão triste, o abraço das pessoas, estes sim valem por discursos intermináveis... Agora, depois do enterro de Dona Lídia, em casa, continuo a me perguntar o porque de Deus insistir em tirar da gente quem a gente mais ama???

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